Olha só, outro dia me peguei pensando na famosa Lei de Pareto. Sabe aquela sensação de déjà vu? Pois é, foi tipo isso. Estava lembrando de uma aula de economia da faculdade, um daqueles momentos que normalmente passariam batido, mas que eventualmente caem na nossa cabeça como uma epifania. Era uma aula do professor Mario, conhecido pelas suas explicações detalhadas e pelo café sempre frio que ele tomava.
O professor Mario começou a falar sobre um tal de Vilfredo Pareto. Imagina, isso lá pelos idos de 1906, esse cara estava lá na Universidade de Lausanne, na Suíça, e notou uma coisa bem curiosa: 80% das terras italianas estavam nas mãos de apenas 20% da população. Ele pensou, “Peraí, tem algo estranho aqui”, e foi aí que ele percebeu essa distribuição 80/20 que, meu amigo, está em tudo! Ele até escreveu sobre isso no “Cours d’économie politique.”
E sabe o mais incrível? É que esse padrão não ficou só na economia, não. Empresas, por exemplo, perceberam que 80% das suas vendas vêm de apenas 20% dos clientes. Olha só que prático! Se você souber quem são esses 20%, dá pra focar neles e otimizar tudo. E nem me faça começar a falar sobre gerenciamento de projetos… Trabalhei num projeto uma vez, e juro, 80% do nosso tempo e recursos foram para 20% das tarefas! Se soubéssemos disso antes, teríamos evitado tanta dor de cabeça!
Eu lembro de um momento engraçado durante aquela aula. Meu amigo Paulo, que sentava ao meu lado, fez uma cara de “Mas que diabos é isso?” e cochichou, “Esse tal de Pareto parece aquele tiozinho chato do churrasco que diz que só come 20% da carne, mas está lá tirando 80% do tempo falando sobre futebol.” Rimos pra caramba, mas aquilo ficou grudado na minha cabeça.
Outra coisa interessante que o professor Mario mencionou foi o tal do Joseph M. Juran, um consultor de gestão que aplicou Pareto na qualidade. Ele disse que 80% dos problemas de qualidade vêm de apenas 20% dos defeitos. Isso é uma super sacada para estabelecer prioridades de melhoria nas empresas.
E quem diria que isso também vale na saúde? Dá pra acreditar que 20% dos pacientes podem gerar 80% dos custos de um hospital? Uma amiga minha, Luísa, que trabalha como enfermeira, me contou que eles usam essa lógica pra personalizar tratamentos e tentar reduzir custos. Super interessante como isso pode se traduzir em economia e qualidade de vida!
Agora, vale lembrar que nem sempre as proporções são exatas 80/20. Às vezes, são 90/10 ou 70/30. Mas a ideia central continua sendo a mesma: uma pequena parte das causas gera a maior parte dos efeitos.
E por mais que a Lei de Pareto seja uma ferramenta top para análise, ela não deve ser a última palavra. É como o professor Mario sempre dizia, “Não jogue fora os outros 80% achando que são inúteis. Tem muita coisa importante que pode passar despercebida se não olhar direito.”
Então, aqui vai uma dica de ouro: apliquem a Lei de Pareto em seus estudos, trabalho, projetos e até na vida pessoal, mas com aquele toque de equilíbrio. Nunca despreze os detalhes, porque são eles que, no conjunto, fazem toda a diferença.
Lembro de sair daquela aula com o Paulo, discutindo como íamos aplicar isso nos nossos trabalhos de grupo. Fizemos algumas tentativas e, olha, deu super certo!
Moral da história? Sempre vale a pena focar nos poucos vitais, mas sem deixar de lado os muitos úteis. E quem sabe, com isso, você não acaba otimizando a vida de um jeito que nem Vilfredo Pareto imaginava!
