Imagine que você está assistindo a uma partida de futebol, e há várias decisões importantes sendo tomadas no campo: quem vai jogar, quem vai fazer gol, quem vai ficar no banco. Agora, pense na assembleia de acionistas como esse jogo, onde os jogadores são as empresas e os acionistas representam os torcedores, todos com seus interesses e estratégias. No cenário atual, a Eletrobras, uma gigante do setor elétrico, está passando por uma rodada decisiva, e suas decisões têm impacto direto na energia que move o Brasil.

Recentemente, na assembleia de acionistas da Eletrobras, um ponto central foi o termo de conciliação entre a companhia e a União. Essa palavra complicada, “conciliação”, nada mais é do que um acordo para resolver uma disputa judicial que durava anos. É como quando dois times brigam por um pênalti e, ao invés de brigar até a morte, decidem chegar a um entendimento para evitar mais confusão. Os votos remotos, que são como os torcedores que acompanham o jogo de casa, indicaram que a maioria apoiava esse acordo. A consequência prática é que, embora o governo detenha quase 46% da empresa, seu poder de voto foi reduzido a apenas 10%. Pense nisso como um jogo em que o time do governo tem uma grande torcida, mas sua influência na decisão final é limitada, para garantir que o jogo seja justo e equilibrado.

Outra novidade importante é a votação por voto múltiplo para o Conselho de Administração. É como se, em um leilão, você pudesse colocar vários lances ao mesmo tempo, concentrando mais força em um único item que deseja. Assim, os acionistas podem direcionar mais votos para candidatos específicos, dando mais chances a quem eles preferem. Isso torna a disputa mais acirrada, como uma final de campeonato onde cada ponto conta.

Na outra ponta do espectro empresarial, a Gerdau, uma das maiores siderúrgicas do país, anunciou uma queda de lucro no primeiro trimestre de 2025. Para entender essa queda, podemos pensar na economia como uma grande piscina de bolinhas. Quando a piscina está cheia, é mais fácil nadar e fazer negócios; quando ela fica mais vazia, fica mais difícil. A Gerdau reportou um lucro líquido de R$ 756 milhões, uma diminuição de quase 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, ela continua distribuindo dividendos — uma forma de dividir os lucros com os acionistas, como uma recompensa por manter as ações na carteira. Além disso, a empresa comprou duas novas companhias de energia, o que mostra que, mesmo com o lucro menor, ela está investindo para crescer e diversificar seus negócios.

Tudo isso revela como o mundo das empresas é como um jogo de estratégia, onde decisões complexas, acordos e mudanças na influência podem parecer difíceis de entender à primeira vista, mas, na essência, são sobre equilibrar forças, fazer escolhas e buscar crescimento. Assim como na física, onde entendemos as forças que movem o universo, no mundo empresarial, compreender esses movimentos é fundamental para quem quer acompanhar o ritmo acelerado do mercado e fazer escolhas inteligentes.

Fonte: Mercado financeiro hoje: acordo União-Eletrobras (ELET3) avança e Gerdau (GGBR4) decepciona no balanço – Estadão E-Investidor | Link da fonte: https://einvestidor.estadao.com.br/mercado/mercado-financeiro-hoje-eletrobras-elet3-gerdau-ggbr4/