O Telescópio Espacial Hubble, um verdadeiro gigante na história da astronomia, acaba de completar 35 anos de vida no espaço. Pense nele como um velho sábio que, apesar dos anos, continua a nos surpreender com suas percepções sobre o universo. Lançado em 1990 pela NASA, o Hubble revolucionou nossa compreensão do cosmos, trazendo imagens que parecem obras de arte, mas que são, na verdade, janelas para fenômenos astronômicos complexos e fascinantes.

Imagine o Hubble como um par de olhos extremamente afiados no céu, capazes de enxergar detalhes que o olho humano nunca poderia captar. Sua capacidade de observar luz na faixa ultravioleta e visível é como se fosse um telescópio que também consegue captar os sussurros mais delicados do universo. Mesmo com o avanço de novas tecnologias, como o Telescópio James Webb, lançado em 2021, o Hubble não perdeu sua relevância. Pelo contrário, ele continua sendo uma ferramenta essencial, complementando as descobertas do JWST, que é especializado em observar o universo em infravermelho, uma faixa que revela segredos que o Hubble não consegue captar.

É importante entender que o Hubble é como um veterano que conhece o campo de batalha há décadas. Cientistas confiam nele, e a demanda por suas observações é alta. Isso mostra que, mesmo após tantos anos, ele ainda é considerado uma fonte confiável de dados precisos. Sua resolução espacial, ou seja, a nitidez com que consegue observar objetos no espaço, é impressionante e permite estudar desde planetas próximos até galáxias distantes e misteriosas, como as galáxias anãs.

O futuro do Hubble está ligado à colaboração com outros telescópios e observatórios. A ideia é que ele continue a contribuir para o avanço do conhecimento, mesmo com a chegada de novos instrumentos. Projetos como o Observatório Vera C. Rubin, que será capaz de mapear o céu diariamente por anos, vão usar o Hubble e o JWST para aprofundar ainda mais nossas descobertas. Além disso, o Telescópio Nancy Grace Roman, previsto para 2027, será mais um parceiro nessa jornada.

Porém, nem tudo é fácil. O maior obstáculo que o Hubble enfrenta atualmente é financeiro. Cortes no orçamento das agências espaciais ameaçam sua operação contínua, o que é uma pena, pois cada observação feita por ele é uma nova peça no quebra-cabeça do universo. Manter um telescópio no espaço é caro, mas o retorno em conhecimento é incalculável. Cientistas como Kurt Retherford e Mélina Poulain acreditam que, com os devidos investimentos, o Hubble pode continuar ativo até pelo menos 2030, contribuindo com descobertas que ainda estão por vir.

Ao completar 35 anos, o Hubble prova que a idade não é um obstáculo, mas uma vantagem. Sua longa experiência lhe dá uma vantagem única na compreensão do universo, e sua história ainda está longe de acabar. Com o apoio certo, ele continuará a ser uma ferramenta vital na exploração cósmica, ajudando-nos a desvendar os mistérios do universo por muitos anos mais. Afinal, assim como um velho sábio que guarda segredos valiosos, o Hubble ainda tem muito a revelar, e nós estamos ansiosos por cada uma de suas próximas descobertas.

Fonte: Telescópio de 35 anos é insubstituível por esse motivo chocante – Tribuna de Minas | Link da fonte: https://tribunademinas.com.br/colunas/maistendencias/telescopio-de-35-anos-e-insubstituivel-por-esse-motivo-chocante/