Ah, o Monte Kilimanjaro… Só de pensar nessa montanha imensa já dá um friozinho gostoso na barriga! Sabe aquela sensação de estar diante de algo absolutamente grandioso e que, mesmo quando você está lá, ainda parece meio surreal? Pois é. Quando fui pra Tanzânia e vi o Kilimanjaro pela primeira vez, foi exatamente assim.
O “Kili”, como os mais íntimos chamam, é esse vulcão adormecido que se impõe lá no horizonte, com seus 5.895 metros de altura. E olha, não é à toa que ele é chamado de “o teto da África”. Ele é a montanha de base única mais alta do mundo, meus amigos. E pensar que ele é composto por três cones vulcânicos – Kibo, Mawenzi e Shira… Kibo, inclusive, ainda pode acordar um dia, quem diria! Já Mawenzi e Shira são como aqueles avós tranquilos, curtindo bem aposentados.
Agora, deixa eu contar, subir o Kilimanjaro é uma aventura que atrai uma galera de todos os cantos. Lá em cima, o Kibo, que é o ponto mais alto, é chamado de Pico Uhuru, o que significa “liberdade” em Suahili. E olha, quando você chega lá em cima, entende bem o porquê do nome. A vista é de tirar o fôlego, e não só pela altitude!
Falando em altitude, não dá pra esquecer que a subida não é moleza, ok? O mal de altitude é real, e a gente precisa respeitar o ritmo do nosso corpo. É engraçado, eu sempre fui meio teimoso, mas nessa subida respeitei cada parada. Vai por mim, escutar o corpo nessa é fundamental.
A beleza da subida é que você passa por uma variedade de paisagens. Na base, tem aquela vegetação verdinha, as folhas balançando no vento, quase nos cumprimentando. Depois, vão surgindo as tundras frias e os campos de gelo no cume. É uma diversidade ecológica louca e maravilhosa ao mesmo tempo.
Eu lembro de uma vez, durante uma das pausas, quando estávamos todos exaustos, um amigo meu, o Paulo, olhou pra gente e disse: “Será que os pinguins lá do Pólo Sul sonham em vir pra cá nas férias?” Todo mundo caiu na gargalhada, mesmo com a falta de ar. Esses momentos de descontração entre amigos fazem a diferença.
Agora, uma coisa que me preocupa bastante e acho importante falar é sobre o aquecimento global. As geleiras do Kili estão derretendo numa velocidade assustadora. Tem gente que diz que podem sumir de 2025 a 2035. Já pensou? Imaginar aquele cume branquinho sem neve é de partir o coração. E isso ainda afeta as comunidades locais que dependem dessa água doce.
Falando em comunidades, sabia que o nome “Kilimanjaro” tem seu próprio mistério? Tem várias teorias sobre a origem do nome. Alguns dizem que vem do Suahili, significando “montanha da grandeza” ou “das caravanas”. Outros acham que pode ser do Kiswahili e Kikamba, significando “branco” ou “aquilo que brilha”. Isso só mostra como o Kili está profundamente enraizado na cultura local.
E sabe, essa montanha não é apenas geologia e belas paisagens. Ela é um marco cultural. Para as tribos locais, ela é quase sagrada. Contam-se lendas e histórias sobre o Kilimanjaro, celebram-se rituais. Subir ali não é só uma questão de esporte, mas uma verdadeira imersão cultural.
No final das contas, alcançar o cume do Kilimanjaro foi uma das experiências mais inesquecíveis da minha vida. Cada passo, cada pausa para respirar fundo e olhar ao redor… Tudo valeu a pena. Da próxima vez que alguém perguntar sobre a majestade do Kili, vou lembrar das risadas com os amigos, das minhas reflexões solitárias sobre a montanha, e do compromisso de todos nós com a conservação desse monumento natural. Porque, como sempre dizem, não é só a conquista física, é a jornada e o que a gente aprende no caminho.