Imagine que a história de “O Exterminador do Futuro” seja como um grande alerta, uma espécie de aviso de que, se não cuidarmos bem do nosso planeta e do nosso corpo, podemos acabar criando um futuro tão distópico quanto o filme. Na trama, máquinas inteligentes dominam o mundo, e o personagem principal, interpretado por Arnold Schwarzenegger, luta para impedir que essa ameaça tome conta de tudo. Mas, na vida real, o perigo de um colapso não vem de robôs assassinos, e sim de como negligenciamos nossos recursos, nossa saúde e o próprio planeta.

Vamos pensar no corpo humano como uma máquina complexa, uma engrenagem que funciona com precisão quando bem cuidada. Quando negligenciamos essa máquina, deixando de nos alimentar corretamente, de fazer exercícios ou de evitar o estresse excessivo, estamos, na prática, sabotando sua eficiência. Assim como um carro que não recebe manutenção adequada, nosso corpo começa a apresentar problemas: doenças cardíacas, neurológicas, cânceres. Não somos diferentes de uma máquina que, se não for bem cuidada, acaba quebrando. E o mais preocupante é que, ao ignorarmos esses sinais, estamos como aqueles que, no filme, deixam as máquinas assumirem o controle — no caso, o controle da nossa saúde e do meio ambiente.

No que diz respeito ao planeta, a situação é igualmente alarmante. Assim como uma fábrica que despeja resíduos sem controle, estamos destruindo o meio ambiente de forma predatória. A previsão é que, até 2050, cerca de dois terços da população mundial enfrentem escassez de água potável. Isso é como se, em uma máquina, o combustível acabasse e ela parasse de funcionar, levando à paralisação de toda a produção. Nosso uso descontrolado dos recursos naturais, o desperdício de alimentos e a mudança climática são como as falhas que, se não forem corrigidas, podem levar a uma crise global ainda maior.

A questão é: por que continuamos agindo como se a máquina do planeta e do corpo humano fosse infinita? A resposta está na nossa falta de atenção ao que realmente importa. Assim como um carro precisa de manutenção, o corpo humano precisa de cuidados diários — uma alimentação equilibrada, exercícios físicos e descanso. E o planeta precisa de uma gestão responsável, com uso consciente dos recursos e redução do desperdício. A nossa inteligência, que é o maior trunfo contra o futuro sombrio, muitas vezes fica adormecida. Estamos tão focados em resultados rápidos que esquecemos que a verdadeira força está em cuidar de nós mesmos e do ambiente ao nosso redor.

No fundo, somos os criadores e controladores da nossa própria inteligência artificial. Não há uma Skynet lá fora, pronta para nos destruir, mas há uma Skynet que podemos criar aqui dentro, na nossa forma de agir e pensar. Se continuarmos negligenciando o que temos de mais valioso — nossa saúde, nossos recursos e nosso planeta — podemos acabar dando passo a passos rumo a um futuro onde o próprio planeta se tornará uma máquina irreversível, incapaz de sustentar a vida.

Por isso, a mensagem é clara: o combate ao colapso do corpo humano e do planeta exige que nos tornemos mais conscientes e responsáveis. Afinal, não precisamos esperar por um exterminador para perceber que o verdadeiro inimigo está na nossa própria negligência. Cuidar de si mesmo, do meio ambiente e agir com responsabilidade é a melhor estratégia para evitar um futuro distópico. E, assim como na ficção, a esperança está em nossas mãos — na nossa inteligência real, que é a mais poderosa ferramenta que temos para mudar o curso da história.

Fonte: Exterminador do Futuro: teria o filme virado profecia? | Crônicas de Peso – VEJA | Link da fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/cronicas-de-peso/exterminador-do-futuro-teria-o-filme-virado-profecia/