Imagine o mundo como uma grande feira de trocas, onde cada país é um vendedor e comprador de diferentes produtos. Quando um vendedor decide aumentar o preço de tudo que oferece, os outros vendedores ficam receosos de comprar ou vender, porque o mercado fica mais inseguro. É exatamente isso que está acontecendo agora com a guerra comercial entre Estados Unidos e outros países, e o efeito já se reflete na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, que fechou em queda de 1,31%.

Na segunda-feira, o Ibovespa começou o dia com olhos atentos ao que acontecia lá fora, e esse movimento de baixa não foi uma surpresa. Na sexta anterior, a queda já tinha sido forte, de quase 3%. E a causa principal é o temor de que essa disputa comercial, marcada por tarifas elevadas, possa desencadear uma recessão global, ou seja, uma fase em que a economia de muitos países desacelera, como se fosse uma grande feira onde os vendedores, assustados, começassem a guardar seus produtos e diminuir as vendas.

Para entender melhor, pense na economia mundial como uma grande rede de rios conectados. Quando um rio, que representa um país, enfrenta uma tempestade — neste caso, a guerra comercial — toda a rede sente o impacto. Países na Ásia, como Hong Kong, Tóquio e Seul, tiveram uma das suas piores quedas desde os anos 90, como se a tempestade estivesse atingindo suas margens e fazendo a água subir.

E quem começou essa tempestade foi o presidente Donald Trump, que anunciou tarifas altas — como uma espécie de imposto extra — sobre produtos importados de diferentes países, incluindo China e União Europeia. É como se ele estivesse colocando uma taxa de entrada mais cara para quem quer vender lá nos Estados Unidos, tentando proteger a indústria americana. Mas essa medida, por sua vez, faz com que outros países também reajam, cobrando tarifas de volta. A China, por exemplo, anunciou uma sobretaxa de 34% sobre produtos americanos, numa tentativa de equilibrar o jogo.

No Brasil, a história não é diferente. Aqui, as tarifas já existentes continuam em vigor, especialmente para produtos como aço e alumínio, que enfrentam sobretaxas de 25%. Segundo especialistas, essas medidas brasileiras estavam dentro do esperado, e o impacto na economia do país, pelo menos no curto prazo, deve ser moderado. Mas o que vale mesmo é entender que o cenário global de guerra comercial é como uma tempestade que, por enquanto, assusta os investidores, levando-os a vender ações e a ficar mais cautelosos.

A palavra-chave aqui é “guerra comercial”, um termo que soa como uma briga de vizinhos no bairro, mas que na verdade tem efeitos profundos na economia mundial. Como uma tempestade que começa com nuvens pequenas e se transforma em uma ventania, essa disputa entre os Estados Unidos e outros países pode, se não for controlada, afetar a todos nós — inclusive o seu bolso e o meu. Portanto, acompanhar os movimentos do mercado e entender essa dinâmica é fundamental para quem deseja navegar bem nesse mar de incertezas.

Fonte: Ibovespa hoje: acompanhe ao vivo a movimentação da bolsa de valores – GZH | Link da fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2025/04/ibovespa-hoje-acompanhe-ao-vivo-a-movimentacao-da-bolsa-de-valores-cm971wp3s001z012t8h8k2bk8.html