Imagine a Igreja Católica como uma grande equipe tentando escolher seu novo líder, como se fosse um time de futebol que precisa decidir qual jogador será o capitão. Essa escolha acontece em um evento chamado conclave, que é como uma reunião muito importante onde apenas alguns jogadores, ou melhor, cardeais, têm direito de votar. Essas reuniões acontecem dentro da Capela Sistina, um lugar famoso por sua arte e história, e é lá que toda a decisão se dá, sob o olhar atento do mundo inteiro.
Quando o conclave começa, os cardeais se isolam, como um grupo de pessoas que decide fazer uma votação secreta, sem acesso a celulares ou qualquer tipo de informação externa. É como se estivessem em uma sala de votação onde só eles têm as chaves, e cada um escreve seu voto à mão, colocando em uma urna. O objetivo é que, ao final, alguém seja escolhido por pelo menos dois terços dos votos — o que equivale a 89 cardeais. Essa regra garante que a escolha seja unânime ou quase isso, evitando que uma pessoa seja eleita por uma maioria mínima.
A votação acontece várias vezes ao dia, duas de manhã e duas à tarde, e pode durar dias, até que alguém alcance o apoio necessário. É como uma disputa de voto por quem convence mais os colegas, e, às vezes, o processo é tão rápido quanto uma corrida de 10 horas, ou tão longo quanto uma jornada de quase três anos. Para os que não conseguem consenso, há momentos de oração, uma pausa espiritual para refletir.
Depois de várias rodadas de votação, o momento mais emocionante chega: a fumaça branca sobe ao céu de Roma, anunciando ao mundo que o novo Papa foi escolhido. É como uma bandeira branca em uma maratona, sinalizando vitória. O novo líder então responde a duas perguntas essenciais, confirmando sua aceitação e escolhendo seu nome papal, após o que a fumaça branca indica oficialmente: “Habemus Papam”, ou seja, “Temos um Papa”.
Esse processo, embora pareça complicado, é uma forma de garantir que a escolha seja feita com cuidado, oração e consenso. Assim como uma equipe que decide seu capitão com muita atenção, a Igreja busca seu novo líder com um procedimento que mistura tradição, segredo e esperança. E quando a fumaça branca sobe ao céu, é como uma confirmação de que tudo foi decidido de forma justa, e que a Igreja está pronta para seguir sua missão sob nova liderança.
Fonte: Fumaça branca: novo papa é escolhido no segundo dia do conclave – VEJA | Link da fonte: https://veja.abril.com.br/mundo/fumaca-branca-novo-papa-e-escolhido-no-segundo-dia-do-conclave/