Imagine que seu celular é como uma câmera que funciona como uma janela para o mundo. Assim como uma janela de vidro pode se quebrar se alguém jogar uma pedra nela, o sensor de uma câmera pode ser danificado se for exposto a algo muito forte, como os feixes infravermelhos de alta potência, conhecidos como LiDAR. Esses feixes são semelhantes a lasers invisíveis que ajudam veículos autônomos a “ver” o ambiente ao seu redor, mas podem representar um risco para a câmera do seu smartphone se apontados diretamente para ela.

Recentemente, um usuário no Reddit mostrou na prática o que acontece quando a câmera do celular é atingida por esses feixes infravermelhos fortes. Ele registrou uma imagem onde o sensor da câmera ficou marcado com cores vibrantes, como uma pintura feita por um artista que usa cores arriscadas. Essas marcas mostram que os pixels do sensor — que são como pequenos pontos que capturam luz e transformam em fotos — foram queimados ou danificados por esses feixes intensos. É como se uma luz forte demais tivesse deixado uma marca permanente na sua câmera, prejudicando a qualidade das fotos futuras.

A boa notícia é que nem todos os feixes infravermelhos representam esse risco. Por exemplo, câmeras de ré de veículos ou lentes grande angular geralmente não apresentam esse problema, porque seus sensores são protegidos ou feitos de modo a resistir a essas ondas de alta energia. A Volvo, por exemplo, chegou a emitir um alerta para os proprietários do SUV EX90, recomendando que não apontassem seus celulares diretamente para os sensores LiDAR do veículo. Assim como você não apontaria uma lanterna de alta intensidade para os olhos de alguém, é prudente evitar que o sensor de uma câmera seja exposto a esses feixes.

Para proteger seu celular, uma estratégia simples é usar filtros ou capas protetoras na lente da câmera. Pense nelas como um escudo que ajuda a bloquear a força do feixe infravermelho, semelhante a usar óculos de sol para evitar uma luz muito forte que prejudicaria seus olhos. Algumas câmeras já vêm com proteções integradas contra luzes de alta intensidade, o que é uma vantagem para quem quer evitar problemas futuros.

No fim das contas, entender como esses feixes infravermelhos funcionam e como eles podem afetar seu celular é uma questão de segurança e preservação do seu equipamento. Assim como não colocamos as mãos na frente de uma lanterna de alta potência, devemos evitar apontar o sensor do nosso celular para feixes infravermelhos de alta potência, como os do LiDAR, para garantir que nossas fotos continuem nítidas e livres de marcas permanentes. Afinal, proteger a tecnologia que usamos diariamente é tão importante quanto cuidar de nossos próprios olhos diante de uma luz muito forte.

Fonte: Porque novos sensores de carro da Volvo podem ‘fritar’ câmera de celulares – UOL | Link da fonte: https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2025/05/13/porque-novos-sensores-de-carro-da-volvo-podem-fritar-camera-de-celulares.htm